quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Abrindo o Baú: “O jogo interminável”



Fala galera hoje vamos voltar no ano de 2009 quando a cidade de Pindamonhangaba disputou seu primeiro Campeonato Paulista em categoria de base, sendo representada pela equipe do Abdala Sports/ Unimed/ Colégio Tableau. O Sub17 era comandado por Abdala Salomão e Sueli Salomão. A equipe disputou o Campeonato Estadual organizado pela Federação Paulista de Basketball, o Estadual contou com 16 equipes participantes divididas em dois grupos.

A 1ª fase foi a de classificação, onde os quatro primeiros colocados de cada grupo avançavam a Série Ouro, enquanto que os de 5º a 8º Lugar iam para a Série Prata. O Abdala Sports ficou em 5º na fase de classificação e foi para a Série Prata onde duelo em jogo acirrado contra Hípica/ Campinas, confira abaixo um pouco da história do jogo.

Um calor fora do comum em Pindamonhangaba, com os árbitros da partida chegando 40 minutos atrasado, o jogo que estava marcado para as 16h00min foi começar às 17h30min. No primeiro turno Campinas já havia vencido Pinda (87-77) e o clima era de vingança, por toda via os garotos do Abdala Sports estavam dispostos a vencer. Ginásio não estava cheio, mas com bom publico para categoria de base.

1º quarto grande equilibro que terminou com empate (18-18), no 1º quarto o cestinha do Abdala Sports, Lucas Salomão, não havia se apresentado bem terminando sem nenhum ponto no período. No meio tempo o técnico Abdala Salomão chamou sua atenção e o garoto voltou com sede ao pote anotando 21 pontos no 2º quarto. Com bom aproveitamento nos arremessos e aproveitando os rebotes a equipe de Pinda abriu boa vantagem no final do 2º quarto (60-50).

3º período Campinas voltou melhor reduzindo a vantagem de 10 para 5 pontos (76-71). O último quarto foi emocionante com Campinas virando o jogo (92-90), e restando 10 segundos, foi dado lateral pro Abdala Sports onde o ala/ armador, Ivo Martins, recebeu a bola e partiu para a bandeja pra cima de dois pivôs de Campinas, errou, e o armador Cazuza do Abdala Sports pegou o rebote faltando 5 segundos e achou Lucas Salomão livre na zona morta. Salomão recebeu a bola e mandou a pêra, errou, mas foi falta. Com 92 a 90 no placar a favor de Campinas restando 3 segundos, Salomão foi até o banco de sua equipe, secou o rosto tomou uma água e voltou pros dois lances livres. Jogo empatado (92-92).

Tempo de Campinas, saída de bola do meio da quadra, Nenê (cestinha de Campinas) recebeu a bola e chutou de três, a bola rodou, rodou e não caiu. Prorrogação. Os dois times exaustos já, muito equilibro na partida.

E a prorrogação começou dois lá dois cá, em certo momento o jogo se encontrava 100 a 98 pra Campinas, quando Salomão chutador da equipe pindense mandou uma lá do meio da rua virando a partida (101-100), o que forçou o técnico de Campinas a parar o jogo com tempo. Campinas virou (104-103), o pivô Monstro de Pinda foi para dois lances livres e virou novamente pra Pinda (105-104). No outro ataque de Campinas tentativa de três, erraram e Salomão apanhou o rebote pra Pinda sofrendo mais uma falta. Converteu os dois lances e deu a vitória pra Pinda por 107 a 104.

A equipe de Pinda jogou na exaustão, jogando com seis, sete caras. Cestinha da partida Lucas Salomão (36 pontos), Lucas Martins o “Monstro" (35 pontos e 10 rebotes) e Ivo Martins (26 pontos). Pelo lado de Campinas Mauricio (34 pontos) e Nenê (27 pontos). Ao final da partida todos no ginásio aplaudiram de pé.

Um comentário:

  1. Já não me lembrava dos detalhes aqui lembrados, apenas da emoção vivida, pelo bom equilibrio das equipes e da garra demonstrada por uma equipe que tinha apenas 7 jogadores, e das dificuldades (imensas) encontradas, em treinamentos e principalmente em jogos. Garotos entre 16 e 17 anos, praticamente sem lesões durante o ano e tendo que jogar praticamente 40 minutos. que dor de cabeça quando se fazia necessário substituições. Este foi um jogo emocionante mesmo. Parabéns aos garotos que fizeram parte desse grupo. Como é bom relembrar estes feitos, e saber que nada é impossível quando há disposição do ser humano.
    Sueli Salomão

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